Derivado da palavra italiana sgraffito – rabisco, ranhura, o grafite existe desde os
primórdios da humanidade. A maioria das figuras, como as encontradas nas Grutas
de Lascaux, na França, eram gravadas nas paredes das cavernas com ossos ou
pedras.
Porém, ao formar silhuetas usando ossos furados para soprar
pó colorido em volta das mãos, os primeiros homens também anteciparam a técnica
do estêncil e do spray. Na Grécia antiga, foram encontrados fragmentos de
argila com anotações entalhadas, enquanto escavações em Pompéia revelaram
grande diversidade do graffiti, entre os quais slogans eleitorais, desenhos e
cenas obscenas.
Em 1904, foi lançada a primeira revista a abordas o graffiti de banheiro: Anthropophyteia. Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas usavam inscrições em muros como meio de propaganda para provocar o ódio contra os judeus e os dissidentes. Contudo, o graffiti também foi importante para os movimentos de resistência, como forma de disseminar seus protestos entre o grande publico. Um exemplo é o “Rosa Branca”, grupo de inconformistas alemães que se manifestavam contra Hitler e seu regime, em 1942, por meio de folhetos e slogans pintados, ate serem capturados, em 1943. Durante as revoltas estudantis nas décadas de 1960 e 1970, os manifestantes divulgavam suas ideias com pôsteres e palavras pintadas. Os estudantes franceses utilizavam com frequência uma técnica percussora atual do estêncil, a pochoir (palavra francesa para o graffiti feito com estênceis).
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