quarta-feira, 6 de junho de 2012

Entrevista com Jão Stoned




Arte Rua DF entrevista

Jao Stoned.

Faça uma breve descrição sobre você...

 i’m a stoned man! hahaha

1 – Desde quando e como você começou a grafitar nas ruas?

Comecei na rua mesmo com a pichação em 99 bem antes de fazer graffiti. Os primeiros graffiti que fiz foi em 2003, daí pra frente comecei a fazer uns graffiti de onda, mas eu era pichador, então, comecei a me dedicar sério no graffiti em 2006.

2 - O que o grafitti representa na sua vida?

Meu esporte.

3 – Qual foi o melhor lugar que já pintou?

As escaladas são as melhores, uma vez a gente invadiu um prédio abandonado no centro de Brasília, pintamos o ultimo andar inteiro do prédio que devia ter uns 15 andares, e no final fomos para o topo do prédio e marcamos nossos nomes de cabeça pra baixo no topo do prédio 4h da tarde na w3 norte e os turistas do hotel que tem ao lado tirando foto da nossa ação, foi loko o dia.

4 – Hoje em dia existem várias técnicas e inúmeros materiais para se criar um graffiti. Quais materiais você utiliza?

Uso todos os materiais. Depende do trabalho que vou fazer.

5 – Como foi o inicio do graffiti aqui em Brasília? Sabe de alguma história interessante...grafiteiros bons que pararam?

Não sei muito bem como foi o começo da cena, porque não era muito envolvido, quando comecei a me dedicar serio ao graffiti eu pintava muito sozinho, só conhecia o rolê das pessoas, mais não fazia idéia de quem fossem. Já vi muita gente boa dar um tempo, e até mesmo parar, cada um por um motivo particular.

6– Qual é a sua relação com o bomb e com o ato de pintar na rua?

Acho a atividade mais louca, a adrenalina da rua é sinistra. Quando você sai no rolê do bomb não é só o fato de pintar que está em jogo.

7 – Como você hoje em dia o pensamento das autoridades em relação à arte urbana?

Isso é relativo, por exemplo, já aconteceu de eu estar no bomb, passar a policia e não acontecer nada, e já aconteceu de estarmos pintando uma parede autorizada e a polícia chegar pra perturbar.

8 – Sobre a pichação, é um assunto polêmico, muitos dizem que não é arte, qual é a sua opinião sobre o assunto? Comente a do DF...

Eu acho pixo doido de mais, acho bonito quando vejo um lugar todo vandalizado. O movimento do pixo aqui no DF é bem diferente de outros lugares do país, as letras, ideologias, aqui a galera tem muito a idéia do territorialismo, o que gera muitas guerras, e é justamente isso que menos gosto no pixo do DF, mais isso está mudando.
Idependente do senso comun pixo é arte sim.

9 – Quais foram suas influências e inspirações? Seja na História da arte ou na própria arte urbana mesmo.

Muitas pessoas, ultimamente uma das minhas maiores influencias é o Escher, tenho estudado muito o estilo dele.

10 – Muitos dizem que o graffiti underground parou com devido ao aparecimento das galerias, concorda com o aparecimento do grafite em galerias, que antes era só nas ruas?

Pra te falar a verdade não me incomodo com o fato do graffiti ir pra dentro das galerias não,  mais acredito que a essência ta na rua.

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